De vez em quando me pego pensando em coisas aparentemente "absurdas" e/ou desumanas. Em seguida começo a criar argumentos, justificativas para aquele pensamento como se fosse para me convencer - é necessária essa ação antes de convencer os outros.
Para mim, é fato que os geminianos têm um "poder" de convencimento extraordinário. Têm argumento para tudo. São sedutores e conseguem de alguma forma, na maioria das vezes, que façam ou acreditem no que eles pensam. E é isso que vou fazer agora com vc, leitor ;)
Bom, feita a introdução, para não dizer justificativa, do verdadeiro motivo desta postagem, vamos ao que interessa. Em um desses meus devaneios "loucos", fiquei pensando, tentando entender porque não consigo me relacionar com uma pessoa por muito tempo. Sempre tenho que achar um problema, um defeito (seja lá físico, psíquico, social, financeiro, entre outros) que faz eu me afastar dela.
Então, refletindo, relembrando de experiências passadas, vou, aos poucos, chegando à algumas conclusões. Primeiro é a paixão. Começo super apaixonado - é verdade a paixão cega, e cega mesmo! - tanto que nesta fase eu não vejo defeitos nem problemas. Quando a paixão vai diminuindo, que é um processo natural, vou perdendo com ela o interesse na pessoa. A pessoa se torna enfadonha, repetitiva e a relação começa a ficar o que chamo de "morna".
Não! Eu não gosto de relações "normais", mornas, acomodadas. O interessante é observar que o meu interesse é inversamente proporcional ao envolvimento da outra pessoal, ou seja, quanto mais a pessoa se interessar por mim, menos eu me interesso - e vice-versa, claro.
Inicialmente parece "bizarro" o que vou dizer agora, mas é verdade: uma vez que conquisto a figura e ela está nas minhas mãos, por assim dizer, se ela não souber fazer direitinho, não souber me conquistar, me mostrar, falar, ensinar, me fazer experimentar coisas novas com uma boa freqüência, já era. Perco totalmente o interesse.
Calma lá! Não vá pensando que sou um monstro insensível, desumano. Não! Tudo é conversado, tudo é dito antes - e claro, consigo convencer a pessoa a me escutar e concordar com o que digo. Explico a ela o que penso sobre relacionamentos, falo da efemeridade da paixão; que toda relação é uma conquista, uma sedução diária e que se assim não for, para mim, não durará muito. Digo tudo isso à ela.
Gosto de loucuras, surpresas, ações repentinas, propostas indecentes (mesmo que não tenha 1 milhão de dólares envolvidos nela), desafios, jogos de sedução entre outras coisas tidas como "estranhas" para um ser "normal-morno".
Então, o fato é que não encontro pessoas que conseguem levar a relação dessa forma! Que absurdo! Será que sou tão louco assim?
As pessoas que tenho me envolvido ultimamente até tentam, se esforçam para me acompanharem nos meus pensamentos e minha constante briga entre a teoria e a prática, pois estou sempre querendo por em prática as minhas teorias.
Para vc, leitor, não ficar pensando que sou o bicho-papão, digo que se eu estiver realmente muito apaixonado fico cego e faço tudo, tudo o que puder, me desdobro em mil, para agradar, conquistar quem me interessa. E faço por prazer, por vontade própria. Fico bobo-bobo, caído, arriado, abestalhado. O que quero dizer é que me envolvo realmente, me entrego de corpo e alma.
Com o tempo - aí é que mora o problema - as coisas tendem a ficarem "mornas". O que era paquera vira namoro. O que era paixão vira amor. O que era superficial se torna profundo. E todo o meu encanto vai se perdendo e virando uma coisa normal, simples, ordinária (no sentido original da palavra). É nesse momento que meus olhos não se concentram mais naquela pessoa. Já começam a observar as coisas em volta, ou melhor, as pessoas ao meu redor. E começa, assim, o período de "caça", novamente. Bom, você pode se perguntar: e a pessoa já envolvida? Como fica?
A essa altura do campeonato (já quase nas finais) eu já conversei com a pessoa e disse de alguma forma que o relacionamento já não está mais a mesma coisa (e não está realmente!); que o relacionamento está morno e que não estou satisfeito. Sou o mais honesto e sincero. Sei que muitas vezes essas palavras doem, ofendem. Mas é preferível a dor da verdade do que a angústia da omissão. A dor é rápida, forte, porém estanque. A angústia se arrasta, se agarra em você e traz o sofrimento em doses homeopáticas.
Nossa! À essa altura já devo estar sendo chamado de frio, desumano, insensível, miserável, etc.
Não, meu caro leitor, também sofro com tudo isso, porque querendo ou não também estou gostando, também estou envolvido. Mas uma relação "morna" também me deixa angustiado, me faz sofrer, me deixa, de certa forma, infeliz.
O que fazer então? É simples! Vamos manter a paixão acesa! É um processo de conquista diária, um jogo de sedução constante, a manutenção da atração contínua.
A pessoa para ficar comigo tem que me trazer novidade todo dia. Tem que me mostrar coisas novas constantemente. Tem que me seduzir a todo momento. Tem que me desafiar a todo instante. E tudo isso junto vai me instigar, vai, de forma natural, me manter "preso" à ela. Aí sim, acredito, que a relação durará o tempo necessário e suficiente para que seja "eterna".
Isso é coisa de geminiano?
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